Apesar das boas notícias recentes, que apontam a diminuição de novos casos de Aids no país e da mortalidade provocada pela doença de 2015 para 2016, a chegada do Dezembro Vermelho é muito importante para ressaltar o papel fundamental da prevenção no combate ao mal. A última edição do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, divulgada pelo Ministério da Saúde em 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids, indica que em 2016 a taxa de detecção de casos da doença foi de 18,5 casos por 100 mil habitantes – uma redução de 5,2% em relação a 2015, quando eram registrados 19,5 casos. Já no caso da mortalidade, observa-se uma queda de 7,2%, a partir de 2014.
Contudo, nem tudo são boas notícias. Entre homens, a incidência segue crescendo, sendo que quase triplicou a taxa de detecção na população masculina jovem, de 15 e 19 anos, entre 2006 e 2016. Também houve crescimento em mulheres acima dos 60 anos: passou-se de 5,6 para 6,4 casos por 100 mil habitantes. No caso dos idosos, o hábito de usar camisinha é pouco difundido, o que amplia os riscos desse segmento da população, na medida em que a vida sexual de pessoas acima dos 60 anos está cada vez mais ativa.
Então, o momento é de reforçar a importância do sexo seguro, sempre com camisinha, e do teste de Aids, que possibilita um diagnóstico precoce e um tratamento mais eficaz, além de um comportamento socialmente mais responsável.